A Raízen anunciou a venda das usinas de Rio Brilhante e Passa Tempo, localizadas em Rio Brilhante (MS), para a Cocal Agroindústria por R$ 1,54 bilhão. O negócio inclui a cessão da cana própria e dos contratos com fornecedores vinculados a essas unidades, cuja capacidade instalada somada é de 6 milhões de toneladas por safra.
A companhia informou que R$ 1,32 bilhão se referem aos ativos e R$ 218 milhões aos investimentos em manutenção de entressafra deste ano. Após a conclusão da operação, sujeita à aprovação do Cade, a Raízen passará a operar 25 usinas, com capacidade instalada de moagem de aproximadamente 75 milhões de toneladas por safra.
A transação faz parte da estratégia da Raízen de otimização do portfólio de ativos, simplificação das operações e foco na melhoria da rentabilidade. Com este acordo, o pacote de reciclagem do portfólio da Raízen soma mais de R$ 4,2 bilhões.
Outras vendas recentes incluem:
* Venda de 55 usinas de geração distribuída (GD) para a Thopen e Grupo Gera por aproximadamente R$ 600 milhões.
* Descontinuação das operações da Usina Santa Elisa e venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana de açúcar por aproximadamente R$ 1,04 bilhão.
* Venda da Usina de Leme para a Ferrari Agroindústria e a Agromen Sementes Agrícolas por aproximadamente R$ 425 milhões.
* Acordo para repassar usinas de GD para o Patria Investimentos, desdobramento de uma transação anterior com a Élis Energia, controlada pelo Patria, por R$ 700 milhões.
* Venda de até 31 projetos de geração distribuída para a Brasol por R$ 425 milhões em dezembro de 2024.
No primeiro trimestre da safra 2025/2026, a Raízen apresentou alavancagem de 4,5 vezes, dívida líquida de R$ 49,2 bilhões e prejuízo líquido de R$ 1,84 bilhão. As ações da Raízen registraram queda de 49,5% em 2025, com valor de mercado de R$ 10,9 bilhões.